A formação na Arte da Culinária é, nos dias de hoje, uma necessidade objectiva, motivada pelo constante aumento das responsabilidades das famílias que necessitam de distribuir tarefas e reequilibrar a execução dos afazeres domésticos.

Em pleno século XXI e vivendo numa economia global, saber preparar uma refeição é meio caminho andado para a independência individual e para a melhoria da alimentação. Hoje, que tanto se fala de doenças, provocadas por uma alimentação errada nos pressupostos e nos conteúdos, é cada vez mais importante conseguir obter o equilíbrio entre uma vida “stressante” e uma alimentação regrada, condizente com o ritmo acelerado a que tudo acontece. Uma alimentação saudável, permite, sem dúvida alguma, melhorar o desempenho individual e coletivo no sentido de acrescentar mais valias ao bem comum.

Com uma formação inicial na Arte da Culinária cria-se o meio para atingir o fim. Lidar com “tachos e panelas” é uma forma simpática de criar regras e métodos e ao mesmo tempo pode servir de descontração de um dia tarefado e complexo.

A cozinha é, para alguns um “local de culto”, para outros, um espaço de lazer e para a maioria uma grande incógnita. As manifestações artísticas
não são só aquelas que vemos, ouvimos ou sentimos. Também podemos fazer arte (uma Arte imprescindível à sobrevivência humana) utilizando os sentidos para refinar aromas, paladares e sabores.

Aprender a utilizar racionalmente os bens alimentares, é, sem dúvida, uma das formas de dar uso à nossa capacidade de gestão, de criação e de assimilação de novos conceitos de vida em comunidade, que no mundo actual se torna indubitavelmente uma mais valia individual de abrangência colectiva.

Pedro Figueira de Sousa

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Este autor não escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.