Esta matéria tem como objetivo trazer uma reflexão e sugestão sobre a importância do trabalho em dupla com as crianças. Ao lado da família e também na escola, as crianças desenvolvem habilidades e constroem os valores que os acompanharão por toda a vida. Durante essa fase, algumas atividades que futuramente farão parte do dia-a-dia delas, como o trabalho em dupla, assumem um papel importante na formação da criança.
Quando a instituição de ensino promove trabalhos diferenciados como o “em dupla”, ela possibilita que a criança desenvolva e exercite habilidades como decidir, debater, respeitar e auto-avaliar, ao mesmo tempo que aprende sobre determinada disciplina.
Durante as atividades “em dupla”, as crianças são expostas à construção do conhecimento através de trocas de experiências entre os seus pares e o contacto com percepções distintas. Durante essa fase, algumas atividades que futuramente farão parte do dia-a-dia delas, como o trabalho em dupla, assumem um papel importante na formação da criança. Quando a instituição de ensino promove trabalhos diferenciados como o “em dupla”, ela possibilita que a criança desenvolva e exercite habilidades como decidir, debater, respeitar e auto-avaliar, ao mesmo tempo que aprende sobre determinada disciplina. Durante as atividades “em dupla”, as crianças são expostas à construção do conhecimento através de trocas de experiências entre os seus pares e o contacto com percepções distintas.
Além disso, as crianças desenvolvem a capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes, permitindo que elas se unam a fim de alcançar um objetivo em comum. “Ao longo do século passado, pensadores como Piaget, Vigotsky e Paulo Freire mostraram que a aprendizagem depende de uma ação de mão dupla. E essa interação não se resolve pela mera passividade”.
Compreender essas ideias nem sempre é tão fácil e logo surgem perguntas iniciais: Porquê trabalhar “em dupla”? Em que é que esse trabalho ajuda no processo de aprendizagem das crianças?
É importante validar a riqueza que esse trabalho traz ao permitir que as crianças possam:
• realizar trocas com seus pares;
• avançar na aprendizagem com as trocas de informações entre seus pares; • aprender a ouvir/ respeitar e/ ou emitir opinião do colega;
• lidar com as diferenças de conflitos do pensamento de cada indivíduo;
• descentralizar o papel do professor;
• integrar-se e exercer papeis sociais como ajudar e apoiar o outro;
• aprender com o outro;
• superar desafios.
No decorrer desse entendimento surge ainda a terceira pergunta: Mas como formar essas duplas na sala de aula?
Ao formar as duplas, deve-se levar em consideração:
• pensar nos níveis de aprendizagem próximos e, em outros casos, em níveis de aprendizagem. Entretanto, deve ter o cuidado para não colocar aquele aluno considerado competente, sempre no lugar de quem desafia o outro colega, pois ele também precisa ser desafiado para ampliar suas habilidades e competências;
• em alguns casos utilizar como critério o parceiro como modelo;
• considerar, sobretudo, o objetivo da atividade;
• considerar que, para que as trocas ocorram, as diferenças de habilidades e competências não podem ser grandes;
• considerar que deve haver um nível mínimo de empatia entre os colegas;
• ter claro os objetivos da atividade;
• cuidar para que a dupla não permaneça a mesma por muito tempo;
• trocar as duplas de acordo com os objetivos de trabalho. Sendo assim, no mesmo dia pode haver mudanças de dupla, por exemplo: uma dupla para atividade de produção de texto e, outra dupla, para a atividade de Matemática.
Ao praticar a alternância dos parceiros na dupla, permite que a criança saia da sua zona de conforto e experimente papéis distintos, o que o ajudará a ser mais flexível com as opiniões diferentes da sua, além de abrir os caminhos para novas relações sociais, característica importante para o perfil de bom cidadão que se está a formar.
O trabalho em dupla é um grande aliado na formação integral das crianças, uma vez que as ajuda ativamente no desenvolvimento de habilidades e interiorização de valores. Sendo assim, tanto na escola e também em casa nas pequenas situações diárias, é necessário integrar a criança em ações com os seus pares e estimular a partilha de ideias e atividades.
Carla Rodrigues
Licenciada em Pedagogia no Brasil.
Educadora de infância e do 1° ciclo.
Mestranda em Educação Especial e Interversão Precoce pela Uminho.