A família é o nosso primeiro contacto social e é por meio dela que desenvolveremos algumas habilidades de comunicação, nomeadamente, a escuta do outro e a partilha de nossas ideias e sentimentos. Para que a comunicação seja eficaz e proporcione o fortalecimento dos laços familiares, ela deve ser saudável, e para isso, assertiva. A comunicação assertiva demonstra maturidade e autoestima elevada, em que a pessoa expõe a sua opinião de forma clara, objetiva, transparente, humilde e honesta.
A Psicologia percebe que a assertividade possui benefícios, pois trata-se de um comportamento que transmite segurança, confiança, busca equilíbrio nas situações de conflito, e procura resoluções que sejam construtivas para todos os envolvidos. Desta forma, a comunicação assertiva na família refletirá de maneira positiva na saúde mental e emocional de todos os membros, por meio da diminuição do estresse, a gestão das emoções, satisfação pessoal e melhora na habilidade de tomada de decisões. A seguir, algumas dicas que promovem o diálogo assertivo familiar:
Seja empático (a): A empatia é a capacidade psicológica de sentir aquilo que a outra pessoa está sentindo, caso estivesse passando pela mesma situação que ela.
Ao assumir uma postura empática, você terá maiores chances de perceber o que seu filho está sentindo e pensando. Para isso, busque transmitir a informação de maneira respeitosa. Desta forma, os laços se estreitarão e a confiança será preservada.
Faça uma escuta ativa: Uma das formas de impedir que a comunicação seja assertiva, é adotar uma postura autoritária em que você manda e os filhos obedecem. E isso lhes transmite a ideia de que não são ouvidos.
Quando os filhos possuem espaço em casa para opinar e serem escutados atentamente, a autoconfiança aumentará ao saber que o seu ponto de vista é importante para os pais.
Evite comparações: Alguns pais possuem o hábito de fazer comparações entre os filhos ou com outras crianças, para que lhes sejam mostrados os seus erros. Entretanto, este tipo de comentário fomenta o sentimento de inferioridade e a criança, a longo prazo, pode adotar um comportamento automático de comparação com os outros. Além disso, a comparação pode ser injusta e ilógica para a criança, pois cada um enfrenta as adversidades diárias conforme a sua capacidade de resolução.
Se você quer educar seus filhos para a autoconfiança, e que tenha competências de assertividade, evite as comparações e ensine estratégias de resolução conforme as potencialidades dos seus filhos.
Anelise Cossio
Psicóloga